Diferentes métodos geofísicos podem ser utilizados para entender as características únicas dos solos instáveis. Assim, o projeto de engenharia poderá ser efetivado da melhor forma possível, reduzindo custos e eliminando colocar os trabalhadores em risco.
Nesse artigo, explicaremos quais são os principais métodos geofísicos aplicados em solos instáveis. Continue a leitura!
O que é um solo instável?
O solo pode se tornar instável pode diferentes motivos como a má compactação, a erosão, o degelo e a decomposição orgânica. A má compactação se deve a textura e compactação do solo. Regiões argilosas, baixo PH e alto teor de água, por outro lado, podem ser mais facilmente compactados.
Já a erosão desestabiliza o solo devido ao deslizamento de terra que causa buracos e elimina a cobertura vegetal da superfície. Mais comum no sul do país, o degelo deixa os solos instáveis devido ao congelamento e descongelamento sucessivo. Por fim, solos com alta concentração de matéria orgânica estão sujeitos à decomposição devido à ocorrência de processos químicos causados por microrganismos como bactérias, fungos e protozoários.
Métodos Geofísicos utilizados em Projetos em Solos Instáveis
Os métodos geofísicos mais utilizados em projetos em solos estáveis são os seguintes:
Eletrorresistividade
A eletrorresistividade é um método geofísico que investiga a resistividade elétrica do solo, identificando componentes e características únicas.
Por exemplo, ao conhecer a resistividade elétrica de determinada região é uma exigência da ABNT para o dimensionamento de malhas de aterramento utilizadas em subestação de energia, parques eólicos e parques de geração de energia fotovoltaica.
Vale observar que entender a resistividade do solo é uma exigência da ABNT para a instalação de malhas de aterramento em projetos que resultem em geração de energia.
Métodos de eletrorresistividade também identificam lençóis freáticos, comprimento de jazidas e vazamentos que contaminam o solo.
Georadar
O Georadar (Ground Penetrating Radar) identifica estruturas presentes no subsolo com grande nível de precisão, evitando que o processo de escavação cause erosões e deslizamentos.
No estágio de perfurações em solos instáveis, o Georadar detecta elementos que ofereçam risco à vida dos operários ou atrasem o andamento da construção. Rede de água e esgoto, dutos não demarcados, fiações elétricas e de fibra ótica, construções abandonadas, ruínas e outras estruturas não mapeadas atrasam a obra e representam um grande problema de segurança.
O Georadar também pode ser utilizado em solos instáveis para localização de ruínas históricas sem a necessidade de escavações que danifiquem os objetos soterrados. Por ser um método não invasivo, esse recurso geofísico aponta a exata localização de artefatos e sítios arqueológicos, reduzindo custos e eliminando a necessidade de contratar uma grande equipe de arqueologia.
Projetos que precisam descobrir a integridade de fundações e a espessura da malha asfáltica também podem se beneficiar do uso do georadar.
Sísmica
A tecnologia sísmica analisa ondas criadas artificialmente propagadas no subsolo. As ondas viajam em diferentes velocidades ao atingir os diferentes elementos que compõem o subsolo.
A análise da chegada da onda sísmica refratada que retorna a superfície. Assim, é possível determinar as camadas que compõem o subsolo, rochas soterradas e espessura do capeamento do solo.
A investigação sísmica também ajuda a localizar bacias petrolíferas por meio de imagens de alta resolução resultantes da análise do tempo de ida e volta da onda.
A MASW (Multichannel Acquisition of Surface Waves) , nova técnica de investigação, consegue cobrir uma área maior por meio da variação de ondas cisalhante no subsolo. O processo busca conhecer as características elásticas do solo assim como as possíveis deformações.
Existem diferentes métodos geofísicos que podem ser utilizados em solos instáveis para agilizar a obra, reduzir custos e evitar acidentes que ponham em risco a integridade física dos funcionários.
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