O diagnóstico de falhas estruturais com métodos geofísicos não invasivos garante a integridade e a durabilidade de edifícios, barragens, estradas, viadutos e demais construções de grande porte.
De fato, com o passar do tempo, o desgaste natural dos elementos construtivos, sobrecargas e eventos climáticos extremos podem levar ao surgimento de falhas estruturais que devem ser detectadas o mais rapidamente possível para evitar que a estrutura entre em colapso.
O diagnóstico precoce é a melhor maneira de evitar prejuízos financeiros causados por problemas que danifiquem e abalem a estrutura das construções.
Mas quais métodos não invasivos são os mais indicados para o diagnóstico de falhas estruturais? É o que você vai descobrir agora! Acompanhe!
O que são métodos geofísicos não invasivos?
Métodos geofísicos não invasivos investigam o subsolo e as estruturas sem a necessidade de escavações ou intervenções destrutivas.
Se baseiam na análise das propriedades físicas do meio como resistividade, magnetismo, condutividade elétrica e velocidade de propagação de ondas sísmicas que apontam anomalias que possam indicar a presença de falhas.
Quais são os métodos geofísicos não invasivos mais utilizados?
Entre os métodos mais utilizados estão o GPR (Ground Penetrating Radar), a sísmica de reflexão, a eletrorresistividade e o ultrassom:
Ground Penetrating Radar
O GPR utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência para a identificação de fissuras, vazios e corrosões. Tem alta resolução, permitindo detectar falhas em escalas milimétricas.
É um método rápido e versátil que pode ser utilizado em diferentes tipos de materiais como concreto, cimento, asfalto e rochas. A sua eficiência, contudo, pode ser limitada com regiões argilosas que absorvem ondas eletromagnéticas, impossibilitando a leitura.
Sísmica de refração
É um método de diagnóstico de falhas estruturais que analisa a propagação de ondas sísmicas geradas por um fonte de energia como um explosivo que são refletidas ou refratadas ao se depararem com materiais de diferentes propriedades elásticas.
A análise do tempo de chegada e a amplitude das ondas permite mapear estruturas e identificar descontinuidades como rachaduras e descamações. O processo é especialmente útil em barragens e construções de fundações profundas, uma vez que essas estruturas não sofrem interferência de ruídos.
Eletrorresistividade
Mede a resistência do material à passagem de corrente elétrica. Permite o diagnóstico de falhas estruturais causadas por umidade e vazios nos elementos construtivos.
Para construir o perfil de anomalias é necessário injetar corrente elétrica no material e medir a diferença de potencial em diferentes pontos. A eletrorresistividade é largamente utilizada em inspeções de túneis, pavimentos e fundações.
Ultrassom
O ultrassom permite o diagnóstico de falhas estruturais por meio de ondas sonoras de alta frequência. Ao emitir pulsos sonoros e medir o tempo de retorno a base é possível identificar trincas, descolamentos e outras falhas estruturais em pontos, torres e demais construções de aço ou concreto.
Suas principais vantagens são a portabilidade e a rapidez da geração de dados. Os dados, no entanto, podem ser afetados pela rugosidade da superfície e pela presença de materiais heterogêneos.
Magnetometria e termografia infravermelha
A magnetometria detecta rachaduras e corrosões em armaduras de concreto. Já a termografia infravermelha identifica variações térmicas que indicam umidade ou vazios.
A escolha do método geofísico mais adequado depende de diversos fatores, como o tipo de estrutura, a natureza da falha a ser investigada, as condições ambientais e o orçamento disponível.
Em muitos casos, a combinação de diferentes técnicas de diagnóstico de falhas estruturais pode fornecer uma visão mais completa e precisa da integridade da construção. Por exemplo, o GPR pode ser usado para uma avaliação inicial, seguido por ensaios de ultrassom para uma análise mais detalhada das áreas críticas.
A aplicação de métodos geofísicos não invasivos no diagnóstico de falhas estruturais oferece inúmeras vantagens como a redução do tempo de inspeção, economia de tempo e a geração de dados precisos e confiáveis. Além disso, o procedimento pode ser realizado de forma contínua ao longo do tempo, garantindo que problemas recentes sejam rapidamente identificados.
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